Um Evangelho Presumido


"Porque decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado."

(1Coríntios 2:2)



Paulo sabia que, se não guardarmos o evangelho para a geração seguinte, perderemos o evangelho (2 Tm 2,2).

Perder o evangelho não acontece de uma só vez; é muito mais como um processo de quatro gerações: 

–› O evangelho é aceito 
–› O evangelho é presumido 
–› O evangelho é confundido 
–› O evangelho é perdido

Uma das razões para nunca presumirmos o evangelho é que muitos fingem possuir fé. 
Como saber?
. Você ouve o evangelho nas orações das pessoas?
. Você vê o evangelho nas ações das pessoas? O evangelho é vivenciado?
. Teste crítico para pastor: Você poderia ter pregado aquele sermão, se Cristo não tivesse morrido na cruz? Poderia ter desenvolvido aquele princípio de liderança cristã, se Cristo não tivesse sido crucificado?

Quando o evangelho é presumido, colocamos líderes em nossas igrejas e organizações baseados em talento organizacional, habilidade com pessoas ou poderes acadêmicos, mas não baseados num compromisso com o evangelho.

As consequências são horríveis, porque o resultado é misturar lobos com ovelhas (At 20.29). Quando o evangelho não é mais a vara de medir da comunhão ou da liderança cristã, induzimos a nós mesmos à confusão.

Não cometamos erro: boas obras atestam realmente a fé genuína, mas não são a própria fé. No que diz respeito aos assuntos de salvação, não é exagero afirmar que boas obras (desde piedade pessoal a ação social) sem passarem pela porta do evangelho são más obras (Rm 14.23).

O cerne da pregação e do ensino passa a ser viver apenas de acordo com a moral (foco em comportamento para obter desempenho), e não levar uma vida centrada no Evangelho. Os não cristãos são induzidos a pensar que se encontram bem em seu estado de perdição. Os cristãos pensam que os não cristãos são crentes pelo fato de terem se comprometido de maneira superficial e aparente. Mais tarde, não cristãos se tornam líderes na igreja. A igreja perde sua identidade pois o Evangelho foi largado pelo caminho.
A evangelização não bíblica é um método de suicídio assistido da Igreja. 

O desafio para a evangelização saudável é parar de tentar reformar as pessoas por meio de regras (coaching), em vez de levá-las à cruz.

Livro: 
Marcas de um evangelista; Mack Stiles



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