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Mostrando postagens de setembro, 2022

A transitoriedade das coisas

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  Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o propósito dEle nisto?  Cada dia de nossas vidas temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, banhar-se, alimentar-se, etc. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do coração e do respirar do pulmão. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter.  Tudo é transitório, nada aqui é definitivo. Toda criança se tornará adulta e depois idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha. Qual a razão de nada ser duradouro? Dessa realidade inevitável que o cotidiano nos mostra, podemos extrair uma lição: Deus quer nos revelar que essa vida é apenas uma passagem, um tempo de preparo, aperfeiçoamento, em busca de uma vida permanente, eterna.  Em cada flor que murcha e em cada pessoa que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, a nada precisará ser renovado...

Misericórdia - O coração do Evangelho

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  Evangelho: Lucas 15,1-32 ou 1-10 “Encontrei a minha ovelha que estava perdida.” Temos meditado sobre as exigências do seguimento de Jesus, e hoje se verifica que são os publicanos e os pecadores, os ilegítimos, os moradores de rua, os que não têm morada fixa, os marginais, os punidos por pequenos delitos que não tiveram possibilidade de se defender como outros, que se aproximam de Jesus.  Este fato levou os fariseus e os escribas, os que se consideravam cumpridores, que pertenciam a grupos e comunidades bem estabelecidas, os que estudavam e frequentavam cursos e centros de prestígio, a murmurar contra os que andavam com Jesus. É este contexto que leva Jesus a falar do amor misericordioso de Deus.  O Evangelho de hoje não se refere tanto aos seguidores de Jesus mas sublinha quem é Deus, Aquele que nós queremos seguir. As parábolas que Jesus conta, sobretudo a conhecida parábola do “filho pródigo” que é melhor identificada como parábola do “Pai bom e misericordioso”, resu...

Cristianismo: uma vida livre sem amarras

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  Evangelho: Lucas 14,25-33 “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.” Hoje, o Evangelho nos provoca a perceber que o caminho do seguimento inteiro do Cristo exige renúncia total das nossas próprias seguranças e de tudo aquilo que nos impedem de caminhar junto a Jesus com liberdade. Vivemos hoje uma sociedade de muitos apegos, sejam eles materiais ou até sentimentais. Tudo isso transforma o homem em escravo de suas vontades e tudo o que ele julga importante, passa a ser objeto que o aprisiona. Jesus faz uma proposta diferente, Ele propõe uma vida livre sem amarras, mas para isso é necessário renunciar a si e aos outros para assumir a Cruz, que não é a cruz do sofrimento, ainda que ele exista, mas a Cruz da libertação. Vivemos no meio de muitas encruzilhadas, os tempos que vivemos apresentam-nos muitos desafios e, se não somos críticos, se não formos capazes de pensar e discernir, somos levados automaticamente para onde não queremos e nu...