A importância da paciência diante das dificuldades
Praticamente todos os dias temos de enfrentar situações em que é preciso esperar: desde a expectativa pela próxima viagem de férias, a famosa fila de espera para ser atendido, como o lento processo de recuperação da saúde, o longo tempo para formação educacional e profissional, … como também a conversão de quem amamos e até mesmo nosso amadurecimento como cristãos. Esperar não é, de fato, a experiência mais agradável da vida, principalmente quando esperamos por respostas às orações que fazemos a Deus quanto aos anseios mais profundos e às necessidades mais urgentes.
Além de orar, você pode fazer outras coisas para evitar que os períodos de espera no Senhor se transformem em momentos obscuros. Permaneça na Palavra de Deus e continue a aprender a respeito do Senhor. Peça que ele lhe mostre os talentos e as aptidões concedidos e como desenvolvê-los. Peça que lhe revele o que você precisa começar a fazer ou deixar de fazer.
Mesmo quando sua vida parecer estagnada, se você se apegar ao Senhor, vai continuar avançando no rumo que ele traçou. Visto que em qualquer desafio, adversidade, sofrimento, “tudo coopera para o bem de quem ama a Deus”, esse processo contribui para o desenvolvimento de uma das virtude cardeais, a Fortaleza - que opera por meio da Paciência.
A PACIÊNCIA é uma virtude bem diferente da mera passividade perante a adversidade; não é paralisia, ficar sem reação nem um simples aguentar: é a parte da virtude cardeal chamada Fortaleza, e leva a aceitar serenamente o sofrimento e as provas da vida, grandes ou pequenas, como permitidas por Deus - que em Seu amor intervirá transformando o mal em bem.
A vida no Espírito proverá graça para identificar a nossa vontade com a do Senhor, e isso permite-nos manter a fidelidade em qualquer circunstância e é o fundamento da grandeza de ânimo e da alegria de quem está certo de vir a receber uns bens futuros maiores.
A paciência, diz Santo Agostinho, é “a virtude pela qual suportamos os males com ânimo sereno”. E acrescenta: “Não venha a acontecer que, por perdermos a serenidade da alma, abandonemos os bens que nos devem levar a conseguir outros maiores”.
É uma virtude que nos permite enfrentar com bom ânimo, por amor a Deus, sem queixas, os sofrimentos físicos e morais da nossa vida.
O Senhor quer que tenhamos a calma do semeador que lança a sua semente no terreno por ele previamente preparado e segue o ritmo das estações, esperando o momento oportuno: sem desânimo nem impaciências, com a confiança posta naquele minúsculo rebento que acaba de brotar e que um dia será espiga madura.
A paciência anda de mãos dadas com a humildade, acomoda-se ao ser das coisas e respeita o tempo e o momento de cada uma delas, sem precipitá-los; conta com as suas próprias limitações e com as dos outros.
“O amor tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre”, ensina o apóstolo Paulo. Se tivermos paciência seremos fiéis, salvaremos a nossa alma e também a de muitos outros.
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