Liberdade genuína


A liberdade não consiste num conjunto de leis que garantem algum direito, nem na ilusão de que ser livre é fazer o que deseja. Mesmo sabendo que tenho o direito de ir e vir, pesa sobre mim a escolha do lugar para onde quero ir e quando devo voltar. Mesmo sendo livre para fazer o que desejar, pesarão sobre mim as consequências do meu desejo.

Talvez a nossa única liberdade seja a de escolher a quem servir. 

A condição de escravos traz sempre algum tipo de frustração. Numa cultura narcisista, o fracasso é inaceitável e a realidade, insuportável. No entanto, todos nós fracassamos, e a realidade, quase sempre, é dolorosa. As frustrações são fruto de nossas limitações -- limitações que insistimos em não aceitar.

A consciência de quem somos e quem Deus é nos ajuda a lidar com o dilema da escravidão e das frustrações. Reconhecer que somos pecadores e que vivemos num mundo marcado pela queda nos ajuda a aceitar os espinhos da vida e o lugar do suor para ter o pão de cada dia. Reconhecer Deus, em seu Filho Jesus Cristo, nos ajuda a perceber que somente um ser totalmente livre pode oferecer liberdade. Seguir a Cristo é colocar-se sob a autoridade do único que pode nos conduzir no caminho da liberdade. É por isso que Jesus afirma: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A escravidão moderna não pode ser simplesmente abolida. A solução estaria em se ter a coragem de escolher a quem servir. Jesus disse: “Não podeis servir a Deus e às riquezas”. É impossível agradar a ambos. Somente as escolhas feitas por amor refletem a liberdade humana.
 
Fonte:  Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

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