Jesus, à porta da nossa mente e do coração
«Quem
poderá compreender, Senhor, toda a riqueza duma só das tuas palavras?
Como
o sedento que bebe da fonte, muito mais é o que perdemos do que o que tomamos.
A tua palavra apresenta muitos aspetos diversos, como diversas são as
perspetivas daqueles que a estudam. O Senhor pintou a sua palavra com muitas
belezas, para que aqueles que a perscrutam possam contemplar aquilo que preferirem.
Escondeu na sua palavra todos os tesouros, para que cada um de nós se enriqueça
em qualquer dos pontos que medita». Efrém, o Sírio (séc. IV)
“Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus; não vos
entristeçais nem choreis”. Pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da
Lei. (…)
“Não vos
entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força”» (Ne 8, 8-9.10).
Estas palavras encerram uma grande lição. A Bíblia não pode ser
património só de alguns e, menos ainda, uma coletânea de livros para poucos
privilegiados. Pertence, antes de mais nada, ao povo convocado para a escutar e
se reconhecer nesta Palavra.
A Palavra de Deus une os crentes e faz dele um só povo... todos
os que têm a vocação de ser ministros da Palavra devem sentir fortemente a
exigência de a tornar acessível à sua comunidade.
“começando
por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as
Escrituras, tudo o que Lhe dizia respeito” (Lc 24, 27).
Cristo é o primeiro exegeta! Não
só as Escrituras antigas tinham predito aquilo que Jesus havia de realizar, mas
Ele próprio quis ser fiel àquela Palavra para tornar evidente a única história
da salvação, que n’Ele encontra a sua realização.
Cristo Jesus bate à nossa porta
através da Sagrada Escritura; se ouvirmos e abrirmos a porta da mente e do
coração, então Ele entra na nossa vida e permanece conosco. A Bíblia não é uma coletânea
de livros de história nem de crônicas, mas está orientada completamente para a
salvação integral da pessoa.
Fonte: Carta Apostólica Aperuit Illis
Fonte: Carta Apostólica Aperuit Illis
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