Como viver pela fé na provação?

 


Estamos perante uma provação. Abraão experimenta um momento de noite escura no caminho da fé. Essa experiência tem no centro o seu filho muito amado, o filho da sua velhice, o filho da promessa. Está prestes a perdê-lo como resposta à obediência a Deus. É uma prova difícil que dura muito tempo. O caminho é longo, demorado e difícil.


No meio da noite da fé levanta-se a pergunta indiscreta “onde está o cordeiro?”. 


Melhor que não tivesse sido feita pois o coração está dilacerado. A resposta sai do limite da confiança “Deus providenciará”. 


Depois daquela resposta, Abraão não tem mais palavras e aguarda no silêncio a resposta de Deus àquela confiança. Tudo acontece de acordo com a confiança e obediência demonstradas por Abraão. No final, a bênção recai sobre toda a humanidade.


A noite escura de Abraão é o modelo das noites que se levantam sobre nós ao longo da vida. 


Perante a dificuldade da subida ao monte, perdem-se forças, debilita-se a vontade, alteram-se os parâmetros da fé, desfiguram-se os contornos da confiança e muitas vezes fica apenas a palavra “sim” sem mais nada a suportá-la. 


“Sim” é toda a confiança, toda a fé, toda a vontade no limite de quem já não pode mais. “Sim” é o mesmo que “Deus providenciará”. 


É esta também a experiência de Jesus a caminho do Calvário. “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?”. 


No limite a resposta de Deus faz-se presente revelando que não foi em vão o caminho, mostrando a luz do dia, depois da noite, provocando a ressurreição depois da morte e oferecendo a bênção a todos em razão da fidelidade de um só.


Como Abraão, assim fizeram os santos da antiga aliança em relação a essas emoções devastadoras. Foi como Davi escreveu em Salmos 26:2-3. Ele disse: 


“Sonda-me, Senhor, e prova-me; examina o meu coração e a minha mente; pois o teu amor está sempre diante de mim, e continuamente sigo a tua verdade.” 


Em outras palavras, Davi dominou suas emoções destrutivas pedindo a Deus que revelasse toda maneira errada de pensar em seu interior, e o ajudasse a seguir os seus planos para sua vida emocional. 


O apóstolo Paulo explicou assim em 2Coríntios 10:5: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.” 


Esses homens rejeitaram seus padrões destrutivos de comportamento e pensamento, preferindo acreditar, acima de tudo, naquilo que Deus pensava a respeito deles. Napoleon Hill, escritor e conselheiro do presidente americano Franklin Delano Roosevelt, resumiu esse princípio quando disse:

“Se você dirigir o seu pensamento e controlar as suas emoções, conseguirá ordenar o seu destino.”


Em outras palavras, se você deliberadamente governar aquilo que pensa, transformará as suas emoções; você irá gerenciá-las, em vez de lhes dar poder sobre você. E à medida que escolhe o que sente e põe em prática suas crenças de acordo com o que Deus diz a seu respeito, o Senhor age para fazer de você a pessoa para a qual ele o criou.


Parece injustiça, Senhor, que um só morra por todos e que todos sejam abençoados pela obediência de um só. Parece desumano que um suba ao monte pela noite da incerteza e que todos sejam justificados na fé daquele que atravessou as trevas para chegar à luz. Parece castigo, a dura prova em que um tem que perder para que outros ganhem a vida. Foi assim em Abraão e também em Jesus, teu filho, bem como em todos os santos.


Orar a Palavra 

Dá-me a graça Senhor, de acolher a bênção que neles estendeste a toda a humanidade. Capacita-me ó Deus para que, por meio do meu testemunho, muitos também recebam essa benção!

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