AMAR NOS CONDUZ A PLENA REALIZAÇÃO

“A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender” (Clarice Lispector).


“Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros”, disse o apóstolo João (1 João 4:11). Esse é um amor por nossos irmãos e irmãs em Cristo, bem como por aqueles que ainda não o conhecem. Ray Stedman escreveu: “à medida que o amor de Deus resplandece em nossos corações, tornamo-nos mais abertos aos outros, permitindo que a fragrância do amor se espalhe e atraia as pessoas à nossa volta.”

A Alegria do Evangelho é livre, transformadora, incondicionada. Segue a Matemática do Reino, aquela em que, quando mais se dá, mais se ganha. É repleta de uma generosidade que se encarna em gestos, que transforma a vida, que produz entusiasmo, paz interior e vontade de viver. É alegria transbordante, que não se encerra no coração de quem a possui, mas necessariamente extravasa os limites, quaisquer que sejam para se encarnar em ações que testemunham, que falam por si mesmas, sem necessidade de explicações verbalizadas, tal qual expressa São Paulo na Carta aos Tessalonicenses: “Assim, nós já nem precisamos falar, pois as pessoas mesmo contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses para servir ao Deus vivo e verdadeiro” (Ts 1,8c-9).

Amar a Deus, amar-se a si mesmo e amar ao próximo é um movimento único que conduz à plena realização. É o coroamento da Lei e dos Profetas, conforme atesta Jesus no Evangelho (Mt 22,34-40). 

Ir ao encontro do outro com a disposição de amá-lo é abraçar de verdade a missão que enche a vida de graça e sentido, é encarnar a mística do encontro: “Portanto, quando vivemos a mística de nos aproximar dos outros com a intenção de procurar o seu bem, ampliamos o nosso interior para receber os mais belos dons do Senhor. Cada vez que nos encontramos com um ser humano no amor, tornamo-nos capazes de descobrir algo de novo sobre Deus. Cada vez que os nossos olhos se abrem para reconhecer o outro, ilumina-se mais a nossa fé para reconhecer a Deus. Em consequência disto, se queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionários” (EG, n. 272).

Proporcionar felicidade e fazer o bem: eis a nossa missão, a nossa âncora de salvação, o nosso farol, a nossa razão de ser… Como seguidores de Jesus Cristo somos chamados à conversão, a buscar uma mudança de vida, a sermos praticantes do bem, semeadores do amor verdadeiro. Lembre-se: “o bem é aquilo que dá maior realidade aos seres e às coisas; o mal é aquilo que disso os priva” (Simone Weil).

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