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Mostrando postagens de abril, 2021

Páscoa - O bom pastor dá a vida por suas ovelhas

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  “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.”  Evangelho: João 10,11-18 RESSUSCITOU O BOM PASTOR que deu a vida pelas suas ovelhas e se dignou morrer pelo seu rebanho. Aleluia! Quando o apóstolo Pedro, no meio das primeiras perseguições aos cristãos, lhes escrever para firmá-los na fé, recordará o que Cristo sofreu por eles: “Vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora voltaram para o Pastor, o Guardião de sua alma.” (1Pedro‬ ‭2:25‬) Por isso a Igreja inteira se enche de júbilo pela ressurreição de Jesus Cristo e pede a Deus Pai que o débil rebanho do vosso Filho tenha parte na admirável vitória do seu Pastor. Os primeiros cristãos manifestaram uma intensa disposição pela imagem do Bom Pastor, testemunhada em inúmeras pinturas, murais, relevos, desenhos nas lápides, mosaicos e esculturas, nas catacumbas e nos edifícios da antiguidade. Hoje somos convidados a meditar na misericordiosa ternura do nosso Salvador, para reconhecermos os direitos que Ele adqui...

Páscoa – A fidelidade nos momentos difíceis

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  “Nesse momento, muitos de seus discípulos se afastaram dele e o abandonaram. Então Jesus se voltou para os Doze e perguntou: “Vocês também vão embora?. Simão Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos? O senhor tem as palavras da vida eterna.” João 6:66-68   Não é estranho que as palavras de Jesus tenham parecido duras aos discípulos. A palavra grega é skleros, que não significa difícil de entender, e sim difícil de aceitar, de tolerar. Os discípulos sabiam muito bem o que Jesus tinha dito. Sabiam que tinha afirmado que era a própria vida de Deus que desceu do céu, e que ninguém podia viver esta vida ou enfrentar a eternidade se antes não o aceitava e se submetia a Ele.    Aqui nos deparamos com uma verdade que volta a aparecer em todas as épocas. Com freqüência o que impede homens de converter-se em cristãos não é a dificuldade intelectual para aceitar a Cristo, e sim o elevado de suas exigências morais.   A verdadeira dificuldade do cristianismo é dupla...

Páscoa - O que fundamenta sua razão em tempos de incertezas?

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  “Eles continuaram sem acreditar, cheios de alegria e espanto. Então Jesus perguntou: “Vocês têm aqui alguma coisa para comer?”. Lucas 24:41 Os discípulos que já haviam dormido de tristeza no Getsêmani (22.45) agora não acreditam no que estão vendo, por causa da alegria (24.41). O que estavam vendo parecia ser bom demais para ser verdade.  Então, Jesus dá mais um passo para provar a seus discípulos que era ele mesmo, e não um espírito (24.37): pede a eles algo para comer. Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles (24.41-43).  William Barclay tem razão ao dizer que o cristianismo não se fundamenta em sonhos de mentes transtornadas nem em visões de olhos cerrados, mas na realidade histórica daquele que enfrentou a morte, lutou contra ela, venceu-a e ressuscitou. Então Jesus abre as Escrituras para descerrar o entendimento aos que estão tomados pela incredulidade (24.44-46).  O argumento irresistível e cabal de Jesus par...

Páscoa - Como lidar com as tribulações e manter a esperança?

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  “Logo, um vento forte veio sobre eles, e o mar ficou muito agitado. Depois de remarem cinco ou seis quilômetros, de repente viram Jesus caminhando sobre o mar, em direção ao barco. Ficaram aterrorizados, mas ele lhes disse: “Sou eu! Não tenham medo”.” João‬ ‭6:18-20‬ ‭ Na vida pessoal, talvez não faltem tempestades - momentos de escuridão, de perturbação interior, de incompreensões, - e, com maior ou menor frequência, situações em que devemos retificar o rumo por nos termos desviado. Procuremos então ver o Senhor que vem sempre ao nosso encontro no meio da tormenta dos sofrimentos, e saibamos aceitar as contrariedades com fé, como bênçãos do céu para nos purificarmos e nos aproximarmos mais de Deus. “Ora, a esperança não nos deixa decepcionados[...]” (Rm 5:5a). Esperança fala de espera e expectativa. É o que nos motiva, muitas vezes, nos tempos de dificuldade e sofrimento.  Na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, a esperança está associada às dificuldades e à paciência....

Páscoa - Como viver por fé em meio ao ceticismo?

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  Um grupo fechado e triste – Oito dias depois da Páscoa reunimo-nos como os discípulos e olhamos para o mais específico das primeiras testemunhas da ressurreição: Tomé. –  O sentimento de desilusão e fracasso tinha-se apoderado dos que seguiam Jesus… Os discípulos estavam trancados, com medo da perseguição. Assim ocorre hoje, que vivemos trancados com medo da pandemia. Em tempos muito difíceis há: tristeza, desespero, covardia, desintegração do grupo… – O impacto da morte do crucificado gerou “medo das autoridades judaicas” porque os discípulos podiam ser identificados com as mesmas causas que condenaram Jesus… Medo era também um sentimento de culpa por parte de alguns que tinham abandonado e negado Jesus… Os rumores de Maria Madalena e de outras mulheres, as incertezas de João, o abandono da cidade e a procura de refúgio no campo (Emaús), em nada contribuíam para desanuviar do momento… – A situação pode muito bem ser a nossa hoje: recebemos a notícia de que o Senhor ressusci...

Páscoa - Uma verdade que encontrou seu lugar na impotência humana

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  “Jesus respondeu: — O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui.”  João‬ ‭18:36‬ ‭ O homem Jesus coberto de feridas expressa uma verdade profunda sobre o ser humano e seu destino. O ser humano é nada. O que sabemos sobre o ser humano enquanto recuarmos diante da possibilidade de contemplar sem qualquer ilusão o limite extremo do destino humano, enquanto não tocarmos o fundo, enquanto desviarmos nossos rostos do abismo? As mortes nos confrontam com uma verdade que se encontra além do mundo do poder e do ter; com uma verdade que encontrou seu lugar na impotência humana. Em vez de se aliar com esse Mundo que jaz no maligno, a Verdade prefere tornar-se sua vítima. Não queremos morrer e, mesmo assim, estamos tão entregues à morte que ela permeia tudo na vida como um poder assombroso. Ele precisaria estar pregado. Pois a nossa liberdade nesta ...

Páscoa - O mistério inefável de Deus

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  “A consciência da finitude é ansiedade” Paul Tillich Quando sabemos em nossa própria pele, o quanto somos contingentes - refere-se ao fato de que as coisas vêm a existir e depois deixam de fazê-lo - ficamos temerosos. Nós existimos no tempo, o que significa que caminhamos inelutavelmente para a morte. Fomos lançados na existência, e portanto seremos um dia lançados para fora dela. Este estado de coisas produz medo e tremor. Tillich argumenta que tendemos a nos debater nas garras da ansiedade, buscando algo que nos dê segurança, um solo firme em que possamos ficar de pé. Nós procuramos aliviar nossos medos acumulando prazeres, riquezas, poder ou honrarias, mas logo descobrimos que todas essas realidades terrenas são tão contingentes quanto nós somos, por isso, jamais podem nos acalmar.  É nesse ponto que ressoam mais profundamente aquelas palavras das Escrituras: “Só em Deus minha repousa” (Sl 62,1). Nosso medo, cuja origem é a contingência, só será amenizado por aquilo que n...

Páscoa – A dor do mundo encontra seu sentido

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  Toda a vida de Jesus está orientada para este momento supremo. Muito a custo, consegue chegar ofegante e exausto ao topo daquela pequena colina chamado “Gólgota” – lugar da caveira.   A seguir, estendem-no no chão e começam a pregá-lo no madeiro. Introduzem primeiro os ferros nas mãos, desfribando-lhe nervos e carne. Depois, é içado até ficar erguido sobre a trave vertical fixada no chão. Por fim, pregam-lhe os pés. Maria, sua mãe, contempla a cena.   O Senhor está firmemente pregado na Cruz. Tinha esperado por ela durante muitos anos, e naquele dia cumpria-se o seu desejo de redimir os homens. Aquilo que até Ele tinha sido um instrumento infame e desonroso, convertia-se em árvore da vida e escada da glória. Invadia-o uma profunda alegria ao estender os braços sobre a cruz, para que todos soubessem que era assim que teria sempre os braços para os pecadores que dEle se aproximassem: abertos.   “Viu – e isso o cumulou de alegria – como a cruz seria amada e adorada, p...

Páscoa – Amar como Jesus

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      A QUINTA-FEIRA SANTA recorda-nos a Última Ceia do Senhor com os Apóstolos. Como nos anos anteriores, Jesus celebra a Páscoa rodeado dos mais íntimos. Mas, desta vez, a celebração tem características mais especiais, por ser a última Páscoa do Senhor antes do seu trânsito para o Pai e em vista dos acontecimentos que nela tem lugar. Todos os momentos desta Última Ceia refletem a majestade de Jesus, que sabe que morrerá no dia seguinte, e o seu grande amor e ternura pelos homens.   A Páscoa era a principal festa judaica e fora instituída para comemorar a libertação do povo judeu da escravidão do Egito.  “ Conservareis a memória deste dia, celebrando-o como uma festa em honra ao Senhor: fá-lo-eis de geração em geração, pois é uma instituição perpétua” (Ex 12:14) .  Todos os judeus têm obrigação de celebrar esta festa para manter viva a memória do seu nascimento como Povo de Deus.    Jesus encarregou seus discípulos prediletos, Pedro e João, de pr...