Fé para os dias difíceis

A Bíblia está cheia de dias assim. Seus registros são formados deles, seus cânticos são inspirados neles, sua profecia está ocupada com eles e sua revelação veio através deles. 

Os dias difíceis são as pedras que pavimentam o caminho de luz. Parecem ter sido a oportunidade de Deus e a escola de sabedoria para o homem. 

No Velho Testamento, no Salmo 107, há a história de uma festa de amor; e em cada história de livramento, o ponto de angústia trouxe a oportunidade de Deus. O fim das forças humanas foi o começo do poder de Deus. Devemos nos lembrar da promessa de uma descendência numerosa como as estrelas do céu e como a areia do mar, feita a um casal já idoso. Leiamos novamente a história do mar Vermelho e daquela libertação, e do Jordão com a arca passando em seco.  

Estudemos mais uma vez as orações de Asa, Josafá e Ezequias, quando estavam em grande angústia e não sabiam o que fazer. Tornemos a ler a história de Neemias, Daniel, Oséias e Habacuque. Cheguemos com reverência ao Getsêmani e nos curvemos junto ao túmulo no Jardim de José de Arimatéia durante aqueles dias terríveis. Busquemos o testemunho da Igreja primitiva e peçamos aos apóstolos 
que nos contem a história daqueles dias desesperadores. 

A fé não é responsável pelos nossos dias difíceis. Mas a obra da fé é dar-nos alento e mostrar a solução. 

Não há um exemplo melhor dessa verdade do que o dos três jovens hebreus na fornalha. A situação era desesperadora, mas eles responderam corajosamente: "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que fizeste." Eu gosto deste "se não"! 

Tenho espaço apenas para mencionar o Getsêmani. Consideremos profundamente o seu "Todavia", "Se possível... Todavia"! Profunda escuridão tinha descido sobre a alma do Senhor. Confiar-se na mão do Pai significava angústia até ao sangue e trevas até à descida ao Hades —

Todavia! Todavia! — Rev. Samuel Chadwick 
 
Havia Alguém com eles na fornalha,  
Uma presença augusta — era o Senhor! O mesmo  
Alguém promete estar comigo  
 
Sempre presente, e sei que nunca falha.  
Na chama ardente, no maior calor, 
Há Alguém comigo, perto — o Salvador! 


Fonte: Mananciais no Deserto

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