Desanimar por quê? Prossiga para o alvo
“E chegou a
Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora
da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se
via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os
vejo como árvores que andam” Marcos 8:22-24
Betsaida foi um dos lugares
destacados pelo Senhor Jesus onde as pessoas eram incrédulas, onde a
desconfiança era generalizada. Para curar o cego, precisou tirá-lo daquela
aldeia, caso contrário a maledicência impediria o deficiente de ser
beneficiado. Note, o ambiente familiar, organizacional, só será saudável se
houver confiança mútua.
Havendo
divergências, a atitude correta é o diálogo motivado pela melhoria do bem
comum: “perguntou-lhe (Jesus) se via alguma coisa” - Porque Jesus foi explicito na pergunta, a
resposta do cego foi especifica: “Vejo os homens como arvores que
andam”. A realidade nunca é aquilo que enxergamos; cada um percebe de um
jeito único. Nós vemos com olhos com os quais fomos treinados para ver. Como um
músico, que consegue identificar um determinado tom quando ouve uma música.
Beethoven ficou surdo aos 46 anos e compôs 5 sinfonias após essa limitação
física.
“Oro também para que
os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam
a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa
herança dele nos santos” Efésios 1:18 – “Só se vê bem com o coração; o essencial é
invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry).
Segredo: Nunca olhe para as
pessoas; assim, fará projeção nela – nessa perspectiva, corremos o risco de
associar a algum fato ou circunstância. Como um arranjo de flores quando o
vemos e logo lembramos de algum fato marcante (casamento, velório). Um passado
de decepções, fracassos, pode gerar marcas e obscurecer as experiências do
presente. Assim, precisamos olhar através da lente da “esperança” para interpretar uma pessoa ou circunstância
– quando olho através do problema, começo a me perguntar: o
que posso aprender com isso? Posso contribuir para melhorar esta realidade?
Como o para-atleta olímpico Clodoaldo, medalhista de ouro, que não parou
em suas limitações, mas as superou e tornou-se referencial e exemplo de uma
pessoa bem-sucedida apesar de muitas limitações; limitado não só fisicamente,
para deslocar-se para treinar, dependia de 8 linhas de ônibus por dia. Esse
jovem superou todos os obstáculos e tornou-se um grande campeão.
“Depois disto,
tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou
restaurado, e viu a todos claramente” Marcos 8:25.
A cura é consequência de como voce
olha para a vida. Precisamos persistir, perseverar, recomeçar, saturar até
alcançar nossos objetivos. Desanimar por quê?
E mandou-o para sua
casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia Marcos 8:26.
“Nem entre na aldeia” – Vá além da
realidade. Olhe para a história da pessoa, família, instituição; quantos
benefícios ela já produziu, que legado já ofereceu. Assim, a presente
dificuldade não pode ser fator determinante mas todo o contexto. Lembre-se: um
texto, fora do contexto, vira pretexto.
Habilidade é aquilo que você é capaz de fazer. Motivação é o que
determina o que você faz. Atitude é o que determina a maneira como você faz.
Lou Holtz
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