A graça não é só um dom: é uma responsabilidade

 


O texto oferece o tema do reino dos céus e descreve-o como um banquete para o qual o rei manda entregar convites aos escolhidos. A festa está preparada, são as bodas do filho do rei. Os convidados são essenciais para que haja festa, mas estes não comparecem e tomam uma atitude de força frente ao rei, não são dignos.


É muito fácil que uma pessoa esteja tão ocupada com as coisas da vida que se esqueça dos assuntos da eternidade; que esteja tão preocupado pelas coisas visíveis que se esqueça das coisas que não se vêem; que escute com tanta insistência os chamados do mundo que não escute o convite suave da voz de Cristo. 


A tragédia da vida é que muito freqüentemente as coisas que ocupam o segundo lugar impedem de acessar as que ocupam o primeiro; são as coisas boas em si mesmas as que obstruem o acesso às coisas supremas. 


O homem pode estar tão ocupado ganhando a vida que se esquece de construir sua vida. Pode estar tão ocupado com a administração e organização da vida que se esquece da própria vida. 


Reduzo a minha vida às minhas ocupações e reajo até mal ao convite, manifesto-me contra os que me chamam para a festa. Por outro lado, questiono-me sobre o meu desinteresse quando vou ao banquete. A minha presença não é de qualidade, não me preparo porque não quero e a festa não significa nada para mim.


Se os primeiros não eram dignos convidam-se os últimos. A sala enche-se e o rei dá pela presença de alguém que não tem o traje nupcial. Os convidados são todos os que se puderam encontrar, foram apanhados de surpresa, diz o texto que são bons e maus. O rei pede agora um traje nupcial. 


“Como entraste aqui…? Seria o único que não tinha o traje próprio? Mas os convidados eram os pobres, os desprevenidos, os bons e maus. O rei não recebe resposta e isso é sintomático. 


Aquele homem, não se preparou para a festa com o traje nupcial porque a festa não lhe interessa. Não participa. Não faz festa com o rei. Não se alegra com os outros. Foi atrás dos outros sem a alegria necessária e come à custa do rei sem valorizar o convite que lhe foi feito.


A graça não é só um dom: é uma responsabilidade muito grave. O homem não pode seguir levando a vida que levava antes de encontrar-se com o Jesus Cristo. Deve vestir-se com uma nova pureza, uma nova santidade e uma nova bondade. A porta está aberta, mas não para que chegue o pecador e continue sendo o que era antes, mas sim para que se converta em um santo.


O apelo que Ele nos faz hoje é para que nos coloquemos a caminho dessa festa de casamento que é o Reino de Deus, que nós O busquemos de coração sincero.

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