Vamos investir naquilo que não passa

Que o Senhor Deus me livre de fazer algum mal a você! Eu juro pelo Senhor, o Deus de Israel, o Deus vivo, que, se você não tivesse se apressado e não tivesse vindo me encontrar, amanhã cedo todos os homens de Nabal estariam mortos, até os meninos! (1 Samuel 25:34 NTLH)

O contexto de 1 Samuel 25 demonstra a importância e o modo como um líder familiar deve agir para edificação e proteção do seu lar. Abigail demonstrou prudência e pressa para salvar sua família da destruição.

"Que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?" (Mt 16.26) Geralmente,  temos projetos  para o futuro.  Isso é bom.  Porém,  quando estes projetos se tornam mais importantes que a própria vida, estamos em risco. Muitos deixam de viver, em função de construir a própria vida. Mas, as coisas que construímos ou realizamos nunca serão suficientes para nos dar alegria. Na morte restará apenas o amor que apresentaremos a Deus. Coloquemos também nossos projetos nas mãos dele. E se ele pede renuncias é para que possamos receber algo melhor.  Vamos investir naquilo que não passa.

Muitas vezes aparecem as  oportunidades para fazermos o bem e deixamos passar.  Quando queremos  viver  na tranquilidade e comodismo enterramos  nossos  talentos.  Isso é destrutivo. Pecamos gravemente quando escondemos os nossos dons, seja qual for a desculpa para isso. Quando amamos, o amor que temos aumenta. Quando não queremos amar, até o pouquinho de amor que temos se perde. Na arte de amar, só temos aquilo que doamos. Deus, sendo Amor, dou-se por inteiro.

Ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos (Fm 1.5).

O amor, nesse sentido — o amor como algo diferente de “estar apaixonado” — não é um simples sentimento. Trata-se de uma unidade profunda, alimentada pela vontade e deliberadamente fortalecida pelo hábito; reforçada (nos casamentos cristãos) pela graça que ambos os parceiros pedem e recebem de Deus.

Os cônjuges podem alimentar esse tipo de amor um pelo outro mesmo naqueles momentos em que não se gostam; assim como você se ama, mesmo quando não gosta de si. Eles são capazes de manter esse amor, mesmo considerando que qualquer um deles pode facilmente se desviar e colocar em risco sua relação conjugal e bem estar de sua família. Primeiro, o “estar apaixonado” os levou a jurar fidelidade; esse outro amor mais calmo os capacita a cumprir a promessa. É esse amor que mantém a máquina do casamento ativa; o estar apaixonado foi a ignição que lhe deu partida.

>> Retirado de: Um Ano com C. S. Lewis; Gotas de paz; Pão Diário; Palavra de vida