A graça significa que Deus já nos ama

Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas, aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama. (Lucas 7:47 ARC)

Deus concede dons e não salários. Nenhum de nós recebe pagamentos de acordo com o mérito, pois não somos capazes de satisfazer as exigências de Deus para uma vida perfeita. Se fôssemos pagos com base na justiça, todos iríamos parar no inferno.

No reino da graça a palavra merecer nem mesmo se utiliza. Ser cristão significa perdoar o imperdoável, porque Deus perdoou o impeerdoável em você. Se no mundo da não graça cedo se aprende que ninguém come de graça, que devemos reclamar nossos direitos, pagar e receber, que as pessoas devem receber o que merecem; ouço um sussurro vindo do evangelho que diz que não recebi o que mereço. Merecia a cadeia do devedor e recebi, em vez disso, uma ficha limpa. Merecia advertências severas e devia me arrepender rastejando de joelhos, mas recebi (filho pródigo) um banquete colocado diante de mim.

A Bíblia revela como Deus se sente a respeito da humanidade. De um lado, nos ama; de outro, nosso comportamento o enoja. Deus anseia por ver nas pessoas algo de sua própria imagem refletida; quando muito, vê fragmentos esparsos dessa imagem. Mesmo assim, Deus não pode, e não vai, desistir.

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. (Isaías 55:8, 9 ARC)

O mesmo Deus que criou os céus e a terra tem o poder de criar uma ponte sobre o abismo que o separa de suas criaturas. Ele vai trazer reconciliação e perdoar, não importa que obstáculos seus filhos pródigos coloquem no caminho. Como o profeta Miquéias diz: "O Senhor não  retém a sua ira para sempre porque tem prazer na misericórdia" (Mq 7.18).

A palavra graça sempre aparece o mais tardar na segunda frase de cada uma das cartas do apóstolo Paulo. Ele repetia sempre a mesma coisa insistindo na graça porque sabia o que poderia acontecer se nós crêssemos que merecemos o amor de Deus. Nos momentos de crise, quando falhássemos completamente com Deus, ou quando por qualquer motivo não nos sentíssemos amados ficaríamos em terreno inseguro. Teríamos medo de que Deus pudesse parar de nos amar quando descobrisse a verdade a nosso respeito. Paulo - "o principal dos pecadores", como ele mesmo se intitulou uma vez - sabia, sem sombra de dúvida, que Deus ama as pessoas pelo que Ele é, e não pelo que somos.

Sei que minha auto-imagem no final do dia depende grandemente do tipo de mensagens que recebo de outras pessoas. Será que gostam de mim? Será que me amam? Espero as manifestações de meus amigos, de minha família - como um homem faminto, aguardo as respostas.

Se perguntassem ao apóstolo João: Qual a sua identidade principal na vida? Ele não responderia: "Eu sou um discípulo, um apóstolo, um evangelista, o autor do quarto evangelho, mas sim: Eu sou aquele a quem Jesus ama".

O que significaria, pergunte a si mesmo, se você também pudesse considerar como sua identidade principal na vida ser "aquele  a quem Jesus ama"? Como eu me veria diferente no final de um dia!

O reino de Jesus nos chama para trilhar o caminho da graça, um caminho que não depende de nossas realizações, mas, sim, da realização dele. Nós não temos de realizar, mas apenas seguir. Ele já ganhou para nós a preciosa vitória da aceitação de Deus.


Ore:
Graças te dou, ó Deus da minha salvação, pela oportunidade de descansar na promessa de que tu jamais me deixarás sozinho. Por isso, não vou desistir de lutar. “Restitui-me a alegria da tua salvação e 
sustenta-me com um espírito voluntário”(
Sl 51.12). Em nome de Jesus. Amém.

Fonte: Livro Maravilhosa Graça, Philip Yancey


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