Pagar o mal com o bem é divino

Na vida cristã sempre seremos contrariados por alguém. Pessoas que pensam diferentes de nós. A verdade é que temos dificuldades em nos  relacionar com os diferentes. Parece que o outro está sempre errado. Nosso julgamento sempre é perfeito e infalível. Isso torna os espinhos da vida mais dolorosos. Muitas vezes os inimigos não são inimigos, apenas estão reagindo contra aquilo que somos ou semeamos. Outras vezes, somos agredidos por pessoas que, movidas por vários sentimentos, motivações, nos atacam e nos oprimem. Nós temos condições, em nossa natureza caída, de construir inimigos com nosso estilo intolerante de viver a vida. Não importa.

O Senhor Jesus nos ensinou o que fazer com eles: "Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês" (Mateus 5:44 NTLH). Temos a opção de seguir exemplos. Ou seguimos a opção dos vingadores e justiceiros do cotidiano, ou seguimos o do Senhor, que na cruz, estendeu perdão aos seus inimigos.

Porque a raiva humana não produz o que Deus aprova. (Tg 1.20)

Aos olhos de Deus, fazer justiça com as próprias mãos é um procedimento errado. Além de não resolver, essa conduta aumenta e complica o problema. O crente deve ser tardio tanto para falar quanto para ficar irado, porque “aquele que se encoleriza não é capaz de realizar a justiça de Deus” (CNBB).

Partindo do ser humano, a ira pode ficar abaixo ou acima da medida certa, o que só Deus pode saber. O conselho de Paulo vem a calhar: “Meus queridos irmãos, nunca se vinguem de ninguém, pelo contrário, deixem que seja Deus quem dá o castigo” (Rm 12.19). Quanto a isso, a conduta do crente deve ser exemplar. Por sermos ofensores perdoados, devemos nos perdoar mutuamente. Daí a passagem do Antigo Testamento que Paulo transcreve na sua Carta aos Romanos: “se o seu inimigo estiver com fome, dê comida para ele; se estiver com sede, dê água” (Rm 12.20).

Jesus não colou a orelha decepada de Malco, aquele soldado que estava à frente de todos para prendê-lo (Lc 22.50-51)? Jesus não perdoou o ladrão que anteriormente dizia-lhe os mesmos impropérios do outro (Mt 24.44)? Jesus não perdoou a tríplice negação de Pedro, mantendo-o no pastorado de suas ovelhas (Jo 21.15-17)?

Se amarmos apenas aqueles que nos amam, não seremos melhores que os não-cristãos. Se amarmos nossos inimigos, no entanto, ficará aparente que somos filhos do nosso Pai celestial, uma vez que seu amor é indiscriminado, dando chuva e sol a todas as pessoas indistintamente. Alfred Plummer resumiu as opções: pagar o bem com o mal é demoníaco; pagar o bem com o bem é humano; pagar o mal com o bem é divino.

Aquele sem pecado assumiu o semblante de um pecador para que nós pecadores pudéssemos assumir o semblante de um santo.

Sem Jesus ninguém conhece plenitude de alegria. Somente nele nossa alma encontra repouso e descanso. Todas as outras fontes são cisternas rachadas que não retêm a água. Jesus é a fonte da vida. Na sua luz vemos a luz. Na sua presença tem plenitude de alegria. Da sua destra fluem delícias perpetuamente. Se você está aflito, cansado e exausto, venha a Jesus e beba dessa fonte!

Ore:
Pai celeste, arranca qualquer raiz de amargura do meu coração. Quero fazer de tudo para ter paz com as pessoas que me cercam. Porém, necessito de tua ajuda. Em nome de Jesus. Amém.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ESFORÇAI-VOS E ELE FORTALECERÁ SEU CORAÇÃO

Tua bondade e teu amor correm atrás de mim todos os dias

Deus está mais interessado em quem nós somos do que naquilo que fazemos