Ninguém vai muito longe sem a presença do compromisso

Os discípulos fizeram como Jesus havia mandado e prepararam o jantar da Páscoa. (Mateus 26:19 NTLH)

A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.

Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes” (Mt 26.25).

À pergunta de Judas, a resposta de Jesus é intencionalmente ambígua: “Tu o dizes” (v. 25). A cada um é deixada a possibilidade de julgar-se na sua relação pessoal com Jesus Cristo.

De novo o Evangelho lembra que o traidor é um discípulo que acompanhou Jesus o tempo todo. Na verdade, ele pode ser qualquer um de nós que não tenha se decidido pelo Projeto de Deus, mas pelo projeto da riqueza, que gera exploração, miséria, doença, não vida, morte.

Qual é o meu Projeto? Pergunto-me: Quais são meus valores? Identifico-me com Jesus e seu Projeto? “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida.” (DAp 140).

Nós pomos a nossa esperança em Deus, o Senhor; ele é a nossa ajuda e o nosso escudo. O nosso coração se alegra por causa do que o Senhor tem feito; nós confiamos nele porque ele é santo. Ó Senhor Deus, que o teu amor nos acompanhe, pois nós pomos em ti a nossa esperança! (Salmos 33:20-22 NTLH)

Lutamos, procuramos, desejamos encontrar o amor verdadeiro, mas nem sempre estamos dispostos a pagar o seu preço! É isso mesmo, existe um preço para estar na dinâmica do amor: o preço da não retribuição, o preço da renúncia, o preço da dedicação e da entrega. 

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3.16

Um compromisso pode causar muita dor. Mesmo sob as mais favoráveis circunstâncias, compromisso pode vir a ser algo doloroso. Na realidade, é a possibilidade da dor que faz com que o compromisso se torne ainda muito mais significativo na sua essência e relevância. Qual seria o valor de um compromisso se não trouxesse consigo um preço a ser pago? 

Escolha os seus compromissos com cuidado, mas não os evite. Uma vez que um compromisso é assumido, pode estar certo de que, eventualmente, algumas dores e aflições surgirão em meio à sua jornada. Esteja preparado para certos desconfortos e pronto a fazer certos sacrifícios. Mas os compromissos podem trazer coisas valiosíssimas à sua vida; e, no desenrolar do processo, você experimenta um precioso crescimento. Compromisso com o seu cônjuge, com os seus filhos, com a sua comunidade, com a sua igreja, com os seus amigos, com a sua fé, com o seu trabalho, com o seu futuro irão trazer-lhe benefícios duradouros. Um fato inquestionável é que, nesta vida, ninguém vai muito longe sem a presença do compromisso. 









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